Da descrição à gramática da "percepção" no período intermediário de Wittgenstein
2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português
10.47456/sofia.v7i1.18891
ISSN2317-2339
Autores Tópico(s)Philosophy, Ethics, and Existentialism
ResumoApós retornar a Cambridge, em 1929, Wittgenstein se ocupa da formulação de um simbolismo perspícuo que expressasse, acuradamente, gradações. Dentre essas gradações estão as cores. Wittgenstein empreende-se na formulação de uma linguagem fenomenológica na qual questões relativas ao campo visual e à descrição perspícua de fenômenos seriam centrais. A ideia de descrição, por meio de um simbolismo, é assegurada para que proposições que envolvessem graus tivessem uma análise. Com o abandono do projeto fenomenológico, por volta de 1929/30, Wittgenstein migra da fenomenologia à gramática e se ocupa, a partir das Observações Filosóficas e sobretudo no Big Typescript, da gramática da ‘percepção’. A gramática, diferente do simbolismo de 1929, não se ocupa da descrição de fenômenos, mas de evitar a formulação de absurdos. Nesta mudança de posição se encontra, em especial, o novo tratamento dado pelo filósofo à generalidade e à análise.
Referência(s)