Na Rua e na Memória: Junho de 2013 e as Dinâmicas Anamnésicas
2018; Pedagogical and Technological University of Colombia; Volume: 13; Issue: 19 Linguagem: Português
ISSN
2500-8684
AutoresGustavo Souza Santos, Maria das Graças Campolina Cunha, Anete Marília Pereira,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
Resumo“O gigante acordou”. Um grito de guerra que ecoou nas ruas no periodo das jornadas de junho, sequencia de manifestacoes que tomaram o territorio nacional no mes de junho de 2013, tornando-se a tessitura metaforica ideal para representar o sentimento catartico que unia os manifestantes. Manifestantes que assumiram a roupagem do “gigante pela propria natureza” e anunciavam com a tomada das ruas que se tratava de um despertar: o pais gigante acordou, rompe os fios que o mantinham enclausurado e quer recobrar seu lugar. Objetivou-se aqui analisar as dinâmicas anamnesicas das Jornadas de Junho de 2013 no Brasil, considerando as relacoes entre espaco e memoria como insumos para a insurgencia. O estudo se apoiou na analise documental do conteudo noticioso dos tres jornais de maior circulacao (Folha de S. Paulo, O Globo e Estadao) no periodo das manifestacoes (ano de referencia 2013), conforme auditoria do Instituto Verificador da Comunicacao (IVC), orgao que mensura entre outros aspectos, a circulacao de periodicos. As pautas dos atos eram univocas em sua eclosao, mas passaram a evocar demandas sociais, economicas e politicas na medida em que a insurgencia passou a se articular em uma dinâmica anamnesica. Desse modo, o nutriente advindo da memoria de experiencias e expectativas antepassadas desencadeou uma forca messiânica, de resgate do passado e compromisso com os legados e cada linha escrita anteriormente e que precisavam de desagravo no presente, com vistas a um futuro mais otimista.
Referência(s)