
A CRIATURA, A CRIADORA E A CRÍTICA: FRANKENSTEIN, DE MARY SHELLEY, SOB A ÓTICA DE UM TETO TODO SEU, DE VIRGINIA WOOLF
2019; Volume: 20; Issue: 1 Linguagem: Português
10.22478/ufpb.1516-1536.2018v20n2.44126
ISSN2763-9355
AutoresSílvia Maria Fernandes Alves da Silva Costa, Maria Aparecida Saraiva Magalhães de Sousa, Luciana Eleonora de Freitas Calado Deplagne,
Tópico(s)Chemistry Education and Research
ResumoEste artigo visa apresentar a autora inglesa Mary Shelley (1797-1851) como iniciadora da ficção científica com a obra Frankenstein ou o Prometeu Moderno (1818), e esta como uma obra matricial de autoria feminina, para questionar a sua possível ausência no Museu Britânico e/ou os valores canônicos defendidos por Virginia Woolf (1882-1941), a partir de seus apontamentos sobre a mulher na ficção, no ensaio Um teto todo seu (1929). Para isso, observaram-se os pontos críticos assinalados por Woolf, contrapostos com a vida de Mary Shelley e a obra Frankenstein, para se buscar entender a não referência a Shelley diante dos diversos nomes de autores citados no ensaio. Woolf admite que a estrutura patriarcal barrou a mulher, no decorrer dos séculos, em uma vida sem condições materiais para pensar e contemplar no momento da criação. Contudo, Shelley, mesmo vivendo em uma sociedade vitoriana patriarcal do século XIX, na qual a mulher deveria ser submissa ao homem, teve condições adequadas à produção ficcional ativa, escrevendo obras como Frankenstein, que permanece presente 200 anos após sua publicação, desafiando a todos com um magnetismo que perpassa o campo das artes. Uma obra que deveria estar incandescente nas estantes do Museu Britânico.
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