
INFINITO, ÉTICA E ALTERIDADE: LEVINAS
2016; Volume: 1; Issue: 19 Linguagem: Português
ISSN
2448-2137
Autores Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoO que ha de mais natural que amar algo, alguem ou seus amores quando ambos nos inter-essam. Amar o amor de alguem se torna mais, muito mais dificil ou ate mesmo impossivel quando esse algo ou alguem inter-essante nao se apresenta. Porem, amar ate mesmo o odio com que o amado ou a amada o ama (sabendo que esse ou essa amada ou amado nao foram, nem devem ser escolhidos em funcao do amor ou desamor que tem para com voce, isto seria amar e ama-lo (a) a partir do amor que ele ou ela nao lhe da. Que desafio! Trata-se de um amar desarmado, ou seja, amar a partir do amor dele ou dela e nao amar a partir daquilo que amamos em nos mesmos e para nos mesmos nele ou nela. Nao nos enganemos: trata-se de um convite escandaloso ao sacrificio que implica o conceito de substituicao no pensamento de Levinas: loucura para os homens, mas sabedoria para Levinas. Eis o desafio deste grande pensador. E que desafio pensa-lo! Facil seria esquiva-lo pela cegueira da propria filosofia que, segundo ele, nao conseguiu durante 2500 anos se desprender do conatus essendi. Tal esquiva se explica pela dificuldade do egocentrismo em se abstrair da relacao erotica natural onde os valores do ego sempre buscam se prevalecer. Nessas circunstâncias somente a possibilidade da emergencia de um infinito literalmente meta-fisico (alem do natural) poderia abrir uma brecha e instaurar a possibilidade de uma verdadeira etica. Essa tese merece meditacao. Eis o objetivo deste trabalho.
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