Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

“Anão de jardim”: o “conto total” de Lygia Fagundes Telles

2019; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA; Issue: 56 Linguagem: Português

10.1590/2316-4018563

ISSN

2316-4018

Autores

Nilton José Mélo de Resende,

Tópico(s)

Folklore, Mythology, and Literature Studies

Resumo

Resumo Em 1995, Lygia Fagundes Telles publicou o seu último livro de contos, A noite escura e mais eu - os volumes de textos curtos publicados em seguida são de natureza híbrida (invenção e memória), crônicas ou compilação de contos dispersos. O último conto desse livro, “Anão de jardim”, por sua natureza grotesca e alegórica, pode ser considerado um conto súmula, uma síntese da contística lygiana. Neste artigo, valendo-se principalmente da teorização de Kayser (2003) sobre “o grotesco”, dos estudos de Kappler (1994) sobre “os monstros” e, ainda, das interpretações simbólicas de Chevalier e Gheerbrant (2005), defende-se “Anão de jardim” como um “conto total”, sendo Kobold (o narrador desse texto) um ser diabólico/cindido, no qual se condensam as personagens lygianas e seus dramas. Considera-se, ainda, o jardim - cenário em que se passa a narrativa - uma representação encapsulada do mundo ficcional da autora.

Referência(s)