
A crítica renovada de Brasília na obra de Rubens Mano
2018; Volume: 19; Issue: 31 Linguagem: Português
10.22409/poiesis.1931.15-38
ISSN2177-8566
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoA profecia de Stefan Zweig que deu nome ao livro Brasil, um país do futuro, de 1941, parece ter relampejado em poucos momentos na história do país, sendo o mais conhecido deles a construção de Brasília. Apesar de não ter superado o atraso civilizatório do passado colonial, o imaginário da vocação moderna do Brasil como uma nação voltada para o futuro está impregnado por toda parte. Desde os anos 1960, a arte brasileira tem se debruçado na revisão do projeto moderno, especialmente Brasília, sob diferentes aspectos: o projeto original de Lucio Costa; a imagem icônica de seus edifícios monumentais; a escuta de vozes dissonantes, como a dos candangos; até o tipo de sociabilidade que ela teria produzido. Na perspectiva de uma crítica renovada, que busca compreender nossa história moderna e suas contradições, o artigo analisa a obra futuro do pretérito, de Rubens Mano, exemplar de uma prática artística interessada na problematização de certos construtos modernos sedimentados desde então.
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