CorposMídia: juventude, arte e política
2018; Volume: 4; Issue: 02 Linguagem: Português
10.17648/ihgp.v4i02.110
ISSN2359-0831
Autores Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
ResumoO movimento Ocupa São Paulo de 2015, que em 2016 se reencenou em muitas capitais do paÃs em diferentes espaços públicos, procurou responder através de um estado contÃnuo de pulsão e de enfrentamentos com a ordem pública e o “poder soberano†a que esta alude (aqui representado muitas vezes pelo aparelho repressor do estado), à s muitas intervenções de cunho autoritário que se tem assistido nestes tempos de anomalia social e colapso das instituições públicas do paÃs. A fúria dionisÃaca que revolve o chão da escola e dinamiza novos espaços de ensino e de aprendizagem, ajuda a construir não somente os relatos acerca do que representa hoje pertencer/ser pertencido ao mundo da pólis/polÃtica, mas sugere igualmente uma nova episteme para aquilo que sustém ou sustenta os campos da ação social, da formação humana e da própria ideia de democracia ou comunidade. As ocupações estudantis contribuem para pensarmos quais polÃticas os sujeitos precários, tal como anuncia Rancière, são possÃveis de arquitetar em contextos de deterioração e liquidação dos atuais modelos de representação polÃtica, fato que se estende a quase todas as democracias do planeta. EstarÃamos acompanhando numa perspectiva muito otimista, uma abertura humana para o plano de uma nova polÃtica – a das micropolÃticas? A crise polÃtica (mais que econômica a meu ver) que vivemos hoje no Brasil e que expõe sucessivas violações ao estado de direito e de bem estar social, nos exige pensar ações e estratégias de resistência e resiliência para o devir nação, para o devir estado, para o devir comunidade que estão ainda por se desenhar emmeio ao caos e sob os escombros do que restará da própria ideia de república ou democracia. Será por essa razão que devemos explorar neste artigo o protagonismo juvenil como um dos mais importantes episódios da história recente do paÃs e face aos transbordamentos estéticos que emanam da escola, pensar as relações entre corpos, mÃdia, juventude, arte, polÃtica e performance social.
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