Artigo Revisado por pares

COMPARACAO DOS EFEITOS ELETROCARDIOGRAFICOS DE DOSES INOTROPICAS EQUIPOTENTES DE AMRINONE E DE OUABAINA EM CORACOES ISOLADOS DE COBAIA

1985; Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Linguagem: Português

ISSN

1678-4170

Autores

Cesar C. A. Furlan, Paulo José Ferreira Tucci,

Tópico(s)

Antioxidant Activity and Oxidative Stress

Resumo

Os efeitos eletrocardiograficos de doses de amrinone (A) e de ouabaina (O) capazes de desenvolver acoes inotropicas equipotentes foram estudados em coracoes isolados de cobaia mantidos em perfusao de Langendorff, nutridos por solucao de Krebs-Henseleit. Um balao de latex, em comunicacao com um transdutor de pressao, era mantido dentro do ventriculo esquerdo, que contraia isovolumetricamente. Nessas condicoes, a pressao desenvolvida durante as contracoes e o indicador do inotropismo cardiaco. Eletrodos epicardicos possibilitavam o registro do eletrocardiograma. Foi verificado que a concentracao de A (140 mg/1) necessaria para elevar a pressao desenvolvida (PD) em 100% e cerca de 200 vezes maior que a dose de O (0,65 mg/1). Para doses equipotentes, A provocou discreta taquicardia (195 ± 25 bpm para 220 ± 25 bpm; p < 0,05) e raras extra-sistoles. Sob infusao com O, nao houve variacao de frequencia cardiaca (183 ± 32 bpm para 180 ± 27 bpm; ns) e ocorreu retardo da conducao A-V do estimulo (PRi passou de 0,08 ± 0,03 para 0,12 ±: 0,04; p < 0,01). Em todas as preparacoes infundidas com O ocorreram extra-sistoles frequentes seguidas de arritmias mais complexas (fibrilacao ventricular, taquicardia paroxistica supraventricular). Esses resultados estao de acordo com relatos da literatura de que A pode exercer efeitos inotropicos equivalentes aos de digitalicos, sem as arritmias habitualmente provocadas pelos glicosideos.

Referência(s)