
A Ideia de Pátria nos Livros Didáticos Aritmética Elementar – Livro 1 e Nossa Pátria
2018; Volume: 24; Issue: 2 Linguagem: Português
10.5433/2238-3018.2018v24n2p261
ISSN2238-3018
AutoresRoberto João Eissler, Denílson Roberto Schena, Rosa Lydia Teixeira Corrêa,
Tópico(s)Education Pedagogy and Practices
ResumoEste trabalho é parte de reflexões desenvolvidas no interior de um Grupo de Pesquisa cuja preocupação, entre outras, incide sobre disciplinas escolares. Faz parte de duas pesquisas mais amplas em nível de doutoramento. As reflexões conjuntas feitas no interior do referido grupo nos permitiram fazer aproximações entre objetos de estudos que guardam entre si alguma semelhança, ao terem como referência o livro didático de escolas primárias brasileiras na Primeira República. Assim, o objetivo deste texto é apreender e refletir sobre a ideia de pátria, presente nas obras didáticas, Aritmética Elementar Livro -1 (1919), de autoria de Georg August Büchler, e Nossa Pátria (1917), de José Francisco da Rocha Pombo, ambas destinadas à escola primária. O presente artigo tem como aporte teórico a História Cultural na concepção de Chartier (1990) e Barros (2006), a partir dos quais, os dois livros didáticos e, em particular, as mensagens patrióticas neles contidas são interpretadas em relação ao sentimento nacionalista que se desejava fomentar no Brasil do período. O exercício interpretativo é mediado pelo fato de que se constituem em obras distintas desde os campos de conhecimento dos quais provém, ou seja, Matemática, por meio da aritmética e História. Os livros didáticos de aritmética e de história contemplavam, em grande parte, os anseios nacionalistas de um regime político que procurava se afirmar no país durante a passagem do século XIX para o século XX.
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