Artigo Produção Nacional

UMA DISCUSSÃO SOBRE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E NORMA PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA A PARTIR DA SÉRIE “A LÍNGUA QUE A GENTE FALA”

2018; Jair Sindra Virtuoso Junior; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português

10.18554/rs.v7i1.2345

ISSN

1983-3873

Autores

Ana Cristina Lobo Sousa, Lauro Luiz Pereira Silva,

Tópico(s)

Spanish Linguistics and Language Studies

Resumo

A serie “A Lingua que a gente fala”, exibida no mes de marco de 2015, no Jornal Hoje, pela emissora de televisao Rede Globo, pode representar um marco na consideracao de uma perspectiva cientifica de linguagem para o grande publico. Isso porque convida linguistas para explicarem, a partir de diferentes usos da linguagem realizados por diferentes grupos sociais, motivos de natureza fonologica, historica e cultural para o modo como falamos. Apesar disso, o jornalismo da Rede Globo continua desconsiderando a lingua como constituida de variedades, uma vez que, para ilustrar o que e variedade linguistica, recorre ao uso de girias, desconsiderando que sua propria fala, bem como toda e qualquer outra, constitui variedades. Neste sentido, esta comunicacao oral tem por objetivo apresentar uma leitura critica que podera ser proposta ao ensino de Lingua Portuguesa a partir dessa serie de reportagens, considerando os conceitos de variedade linguistica (BAGNO, 1999; 2011) e de norma (FARACO, 2002) na perspectiva de um letramento critico (FREIRE, 1967; SOUZA, 2011). A analise, de cunho qualitativo e exploratorio, permite-nos vislumbrar que a exibicao desta serie constitui relevante material para debate da diversidade linguistica, contudo limita-se a apresentar a lingua destituida das relacoes de poder que nela se imbricam. Alem disso, considera a variedade a partir do recorte de reportagens em lugares do interior brasileiro que so reforcam velhas dicotomias como fala/escrita e certo/errado.

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