Artigo Acesso aberto Produção Nacional

<b>Implodindo Luzia: Traçando a Construção de Raça, Etnicidade e Nacionalidade na Arqueologia Brasileira</b>

2019; Volume: 16; Issue: 2 Linguagem: Português

10.18224/hab.v16i2.5792

ISSN

1983-7798

Autores

Marcus A. S. Wittmann,

Tópico(s)

Pleistocene-Era Hominins and Archaeology

Resumo

Este artigo se propõe a analisar a construção do conhecimento arqueológico referente à Luzia, o hominídeo mais antigo encontrado no Brasil. Traçando os diferentes locais, tempos, métodos e teorias pelas quais o crânio do Hominídeo I, da Lapa Vermelha IV, passou, pretende-se mostrar como sua identidade, de primeira brasileira, foi formada pela Arqueologia brasileira e pela mídia. Seguindo controvérsias e debates acerca de Luzia, desde sua descoberta na década de 1970 até a solidificação de sua identidade brasileira na década de 1990 e na manutenção e uso dessa verdade nota-se, atualmente, como Luzia foi constituída como um fato científico de grande relevância para a Arqueologia brasileira e mundial. A implosão - conceito proposto por Haraway - do processo de construção do conhecimento e de extroversão deste sobre Luzia nos mostra como os conceitos de raça, etnicidade e nacionalidade são constituídos na e pela arqueologia brasileira.

Referência(s)