
O REVERSO DA MEMÓRIA E O EFEITO MULTIESCALAR DA FRONTEIRA: RECONFIGURAÇÕES CULTURAIS ENTRE PORTUGAL E BRASIL (1888-1934)
2017; University of Coimbra; Volume: 35; Linguagem: Português
10.14195/2183-8925_35_7
ISSN2183-8925
AutoresMarçal de Menezes Paredes, Mateus Silva Skolaude,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoEste artigo analisa os jogos de memórias e expectativas observados entre intelectuais e portugueses e brasileiros que manifestaram apreensões relativas a uma putativa ligação luso-brasileira. Nossas reflexões situam-se em dois momentos históricos precisos: a proclamação da República no Brasil (1889) e a realização da 1ª Exposição Colonial do Porto (1934). Para além da importância dos eventos em si, interessa-se pela dimensão da crispação de memóriasprojetivas sobre uma pretensa marca da lusitanidade na América e na África. Nos dois momentos destaca-se a questão da unidade territorial relacionada às hermenêuticas identitárias. O temor da perda de unidade em escala americana, no final do XIX, ou em seus desdobramentos em escala africana, no século XX, buliam na compreensão sobre dada «lusitanidade». A fronteira, como conceito, revela-se um mecanismo de aglutinação de expectativas que interpela diferentes dimensões escalares de referência (Europa, América e África), sendo elemento constituidor do preenchimento contextual e discursivo das identidades nacionais.
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