
O Condrito Rio do Pires: aspectos petrográficos e mineraloquímicos
2018; Volume: 45; Issue: 2 Linguagem: Português
10.22456/1807-9806.88647
ISSN1807-9806
AutoresW. P. Carvalho, Débora Correia Rios, M. E. Zucolotto, Herbet Conceição, Amanda Araújo Tosi, Murilo Magno GOMES,
Tópico(s)Geochemistry and Elemental Analysis
ResumoO meteorito Rio do Pires é um condrito tipo L6 achado antes de 1992 na Bahia, Brasil, em data desconhecida, tendo seu registro publicado noMeteoriticalBulletin em 1994, através de análise simplificada requerida para esse procedimento, apresentada por Adrian Brearley da Universidade do Novo México, E.U.A. Esse estudo objetiva ampliar os dados existentes sobre esse meteorito, através do detalhamento de suas características petrográficas, químicas e mineralógicas. Foram realizadas análises em três lâminas polido-delgadas e em uma amostra de mão, utilizando microscópio petrográfico e lupa petrográficaestereomicroscópica, microssonda eletrônica (EPMA) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). A análise petrográfica permitiu constatar a existência de veios de choque resultantes de evento colisional do corpo parental que originou esse meteorito. Aproximadamente 93% dos minerais que compõem essa rocha são transparentes, predominando cristais de olivina, piroxênio e plagioclásio, nesta ordem. Os minerais opacos são representados por grãos de Fe-Ni metálicos, troilita, cromita e whitlockita (merrilita).A olivina épredominantemente magnesiana (Fa25). O piroxênio é a enstatita e o plagioclásio oligoclásio. A mineraloquímica observada é similar a do bem estudado meteorito Suizhou, umcondrito do tipo L6. A matriz demonstra sinais de alta recristalização e presença de maskelinita, um importante indicador de choque, sendo significativa para o entendimento da história evolucional do Rio do Pires.Os novos dadosindicam um grau de choque entre S4 e S5 para este meteorito, em vez do grau S6 proposto quando de seu registro no MeteoriticalBulletin.
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