Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Validade e confiabilidade teste-reteste do questionário ‘Expectativas sobre o trabalho’

2018; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 52; Linguagem: Português

10.11606/s1518-8787.2018052000237

ISSN

1518-8787

Autores

João Silvestre Silva-Júnior, Ester Paiva Souto, Frida Marina Fischer, Rosane Härter Griep,

Tópico(s)

Occupational Health and Burnout

Resumo

OBJETIVO: Analisar a validade e a confiabilidade teste-reteste da versão brasileira do questionário holandês “Expectativas sobre o trabalho”. MÉTODOS: Foram utilizados os dados de um estudo longitudinal conduzido na cidade de São Paulo, SP, entre 2014 e 2016. Participaram 411 trabalhadores afastados do trabalho por mais de 15 dias devido a transtornos mentais. Uma subamostra de 126 participantes respondeu ao questionário pela segunda vez, com intervalo de sete a 21 dias. Foram analisadas a validade fatorial e concorrente, e a confiabilidade teste-reteste. RESULTADOS: A maioria dos participantes era do sexo feminino (71,5%), com média de idade de 36,7 anos; 83,1% tinham escolaridade igual ou superior a 12 anos de estudo e o tempo médio de afastamento foi de 84 dias. O valor de autoeficácia médio inclinava-se para valores abaixo do ponto médio da escala. A estrutura fatorial apresentou-se como bidimensional e a validade concorrente confirmou o constructo original. A confiabilidade teste-reteste de cada item, ajustada pela prevalência, variou de boa (0,70) a quase perfeita (0,83). CONCLUSÕES: Embora a estrutura bidimensional fosse diferente da original, outros parâmetros mostraram-se adequados. O uso do questionário “Expectativa sobre o trabalho” entre trabalhadores do Brasil pode auxiliar no planejamento de processos de retorno ao trabalho. Novos estudos devem ser desenvolvidos para complementar a análise do uso da ferramenta no Brasil.

Referência(s)