
ECOLOGIA BACTERIANA NA LAGOA DE ARARUAMA DO ESTADO RIO DE JANEIRO
2019; Volume: 13; Issue: 1 Linguagem: Português
10.15202/1981996x.2019v13n1p47
ISSN1981-996X
AutoresMaria Sylvia Pires de Oliveira Corrêa, Michel Santos da Silva, Saulo Roni Moraes, Janaina Japiassu de Vasconcelos Cavalcante,
Tópico(s)Water Quality and Pollution Assessment
ResumoEstudos recentes têm isolado bactérias cada vez mais resistentes a antibióticos diversos. A resistência desses microrganismos têm se multiplicado e os fatores de resistência estão cada vez mais presentes no meio ambiente, por meio dos despejos diretos de esgotos contaminados com antibióticos vindos de efluentes hospitalares e/ou domésticos nos corpos hídricos, ou despejo de antibióticos provenientes do tratamento ou profilaxia da aquicultura, ou até mesmo nos resíduos oriundos do manejo da agricultura e pecuária. Pelos malefícios relacionados a estes compostos antimicrobianos, quando depositados no meio ambiente e a presença de microrganismos indicadores de contaminação, observa-se a necessidade de se fazer um levantamento da presença dessas bactérias no ambiente. Assim, esse estudo visou primeiramente coletar amostras de água da Lagoa de Araruama/RJ para a pesquisa microbiológica, buscando identificar os patógenos por meio de provas bioquímicas, determinação do padrão à coloração de Gram e a susceptibilidade aos antimicrobianos. Foram coletadas, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), seis amostras de um litro de água da lagoa, respeitando o que está descrito no manual “Standard methods for the examination of water wasterwater” e conforme a resolução Conama 274/2000, para balneabilidade. No laboratório foram realizadas as semeaduras para o isolamento dos microrganismos e a identificação e determinação da susceptibilidade. Foram comprovadas as presenças dos microrganismos Acinetobacter 6%, Aeromonas salmonicida 34%, Staphylococcus warnieri 6%, Staphylococcus hominis ssp hominis 6%, Cryseobacterium indologenes 14%, Sphigomonas paucimobiis 20%, Micrococcus luteus 6% e Vibrio alginolitico 6%, em 4 das 6 praias estudadas. Tais microrganismos apresentaram genes de resistência a 9 antibióticos dos 28 que foram testados para informações de sensibilidades. Esses resultados levam a preocupações sobre a qualidade do pescado e a segurança das praias que recebem um grande número de banhistas, pescadores, desportistas e até professores de esportes aquáticos que usufruem da laguna como sala de aulas.
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