Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Readaptação Funcional: Uma voz silenciada no canto da Escola / Functional Readaptation: A Silenced Voice In The School Corner

2019; Persona Institute of Higher Education; Volume: 13; Issue: 44 Linguagem: Português

10.14295/idonline.v13i44.1620

ISSN

1981-1179

Autores

José Valvernages De Farias, Joelson Rodrigues Miguel,

Tópico(s)

Occupational Health and Burnout

Resumo

A pesquisa que se propôs a entender o sentido do processo de readaptação funcional vivenciada pelos professores efetivos da rede pública municipal do município de Banabuiú-CE, discorrendo sobre os impactos que este processo produz na vida desses trabalhadores. Parte do pressuposto de que a reinserção no trabalho pela readaptação possui importante significado para o trabalhador a ser compreendido, pois seu afastamento por motivo de saúde gera uma nova condição laboral, social e simbólica, levando-o a vivenciar relações singulares sucedidas no próprio ambiente de trabalho, além de sentimentos de perda, incompreensão, frustração e fracasso, afetando não somente a sua atuação profissional, mas uma ameaça a sua própria identidade. Trata-se de uma pesquisa exploratória e qualitativa realizada por meio de entrevistas com os sujeitos em situação de readaptação funcional. Para uma melhor compreensão do estudo e avaliação dos resultados, as falas dos sujeitos foram registradas por meio de uma escuta sensível por parte do pesquisador e divididas em blocos para análises emitidas a partir dos trechos dos discursos retirados das entrevistas com os professores e gestores. Trata-se de uma forma de ordenação dos resultados, realçando o ponto de vista dos próprios trabalhadores. Os resultados demonstraram que a readaptação se efetiva em um ambiente precarizado, com relações pessoais degradantes e viabilizadas por funções desvirtuadas da sua formação profissional, que além de ser fragmentada passa a ser acompanhada por um sentimento de insegurança, desmotivação frente a sua identidade profissional. O trabalho deixa de ter o seu papel estruturante para tornar-se fonte de sofrimento e adoecimento. Apontamos como principais fontes do adoecimento docente a cobrança por resultados e o seu agravamento a falta de politicas municipais para acolher esses profissionais além da falta de sensibilização e compreensão dos professores que estão em sala de aula.

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