Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Monasticismo, arte e riqueza na Gália tardo-antiga

2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 20; Issue: 40 Linguagem: Português

10.1590/2237-101x02004004

ISSN

2237-101X

Autores

Matheus Coutinho Figuinha,

Tópico(s)

Classical Antiquity Studies

Resumo

RESUMO Peter Brown recentemente descreveu a conversão de Paulino de Nola ao monasticismo, em 394, como a renúncia da mística da riqueza. De acordo com Brown, essa mística, perceptível nos vestígios materiais das uillae do século IV, expressava esplendor e prazer. O refinamento da arquitetura, o luxo das decorações e o cuidado do corpo celebravam a riqueza dos proprietários e a abundância da natureza. Meu objetivo neste artigo é usar o conceito de Brown de mística da riqueza como um termômetro, para entender como outros monges aristocratas da Gália dos séculos IV e V conciliaram sua conversão ao monasticismo com suas próprias riquezas. Argumento que sua conversão podia assumir sentidos muito diferentes. Nem todos os monges aristocratas sentiam a necessidade, como Paulino, de rejeitar os sinais que os identificavam como homens ricos e de dedicar sua fortuna a um santo ou a Deus.

Referência(s)