Pelo direito de não ser feliz: uma breve análise filosófica, sociológica e existencial sobre a ditadura da felicidade
2018; Volume: 10; Issue: 2 Linguagem: Português
10.25244/tf.v10i2.3009
ISSN1984-5561
Autores Tópico(s)Youth, Politics, and Society
ResumoResumo: Este artigo tem como objetivo levantar uma discussão sobre a concepção de felicidade na era contemporânea. Felicidade muitas vezes fragmentada, rompendo com a relação alteridade, fundamentando-se em um subjetivismo e materialismo. Como metodologia, trabalharemos com autores como Aristóteles, Agostinho, Pascal Bruckner, Zugmunt Bauman, entre outros. Por fim, conclui-se que a felicidade fora tomada no mundo contemporâneo diferentemente do período clássico e medieval, vista em uma postura materialista e subjetivista de esvaziamento do Eu e do “real” significado da vida feliz, contudo, se sabe que este “real” significado é amplamente problematizado ao ponto de nos depararmos com a seguinte questão: qual é verdadeira matéria do contentamento da felicidade? Esta, por sua vez, mais que algum tipo de telos a ser alcançado, parece-nos que se trata de uma postura existencial do indivíduo diante da própria existência. Palavras-chave: Materialismo. Subjetivismo. Felicidade. Existência. Abstract: This article aims to lift a discussion on the conception of happiness in the contemporary era. Happiness often fragmented, breaking with the relationship otherness, basing on a subjectivism and materialism. As a methodology, we will work with authors such as Aristotle, Augustine, Pascal Bruckner, Zugmunt Bauman, among others. Finally, it is concluded that happiness was taken in the contemporary world unlike classic and medieval period, seen in a materialistic attitude and emptying of the subjectivist I and the "real" meaning of happy life, however, if you know that this "real" meaning is largely problematicthat we faced with the following question: What’s true the contentment of happiness? This, for your time, more than some kind of telos to beachieved, it seems to us that this is an existential stance of the individual on his own existence.Keywords: Materialism. Subjectivism. Happiness. Existence. REFERÊNCIAS ARISTOTÉLES. Ética a nicômaco. 4. ed. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Nova Cultura, 1991. (Coleção os Pensadores)._______. A política. 2. ed. Tradução de Nestor Silveira Chaves. Bauru: Edipro, 2009. (Clássicos Edipro).AGOSTINHO, Santo. Sobre a vida feliz. Tradução de Enio Paulo Giachini. Petrópolis: Vozes, 2014, p. 16 (Coleção Textos Selecionados)._______. Confissões. Tradução de Maria Luiza Jardim Amarante. São Paulo: Paulus, 1984).AGOSTINHO, Santo. Cidade de Deus. Vol II. Tradução de J. Dias Pereira. Lisboa: Edição da Fundação Calouste Gulbenkian, 1993.BAUMAN, Zygmunt. A arte da vida. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Tradução de Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.BRUCKNER, Pascal. A euforia perpétua: ensaio sobre o dever de felicidade. 2. ed. Tradução de Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: DIFEL, 2002.DROIT, Roger-Pol. Há um imperativo de ser feliz, em todos os lugares, o tempo todo. Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2015/02/13/cultura/1423830518_127946.html> (Acessado em: 29.06.2016).FREUD, Sigmund. O mal-estar na cultura. Tradução de Renato Zwick. Porto Alegre: L&PM, 2014.HELFERICH, Christoph. História da filosofia. Tradução de Luiz Sérgio Repa, Maria Estela Heider Cavalheiro e Rodnei do Nascimento. São Paulo: Martins Fontes, 2006. WHITE, Nicholas. Breve história da felicidade. Tradução de Luís Carlos Borges. São Paulo: Loyola: 2009.SEMERARO, Giovanni. Saber-filosofia: o pensamento moderno. Aparecida: Ideias & Letras, 2011.
Referência(s)