Artigo Produção Nacional

Ganho de peso em bovinos leiteiros: comparação entre parasiticida químico convencional, fitoterápicos e homeopatia no controle de r. Microplus

2018; Volume: 16; Issue: 2 Linguagem: Português

ISSN

2596-1306

Autores

J. L. F. Paixão, Márcia Cristina de Azevedo Prata, John Furlong, Wagner de Souza Tassinari, Vânia Rita Elias Pinheiro Bittencourt, Isabele da Costa Angelo,

Tópico(s)

Agriculture and Farm Safety

Resumo

No Brasil, as perdas causadas pelo R. microplus sao estimadas em 3,24 bilhoes de dolares ao ano (GRISI et al., 2014). O uso de parasiticidas quimicos ainda e a principal forma de controle do R. microplus, entretanto, o uso indiscriminado e sem criterios tecnicos seleciona populacoes resistentes a quase todas as bases quimicas disponiveis (FURLONG et al., 2007). A contaminacao do ambiente, do leite, da carne, e a intoxicacao de trabalhadores e de consumidores, tornam o controle exclusivamente quimico cada vez mais dificil e oneroso. E urgente a validacao de metodos mais baratos que diminuam contaminacoes e retardem a resistencia. Estudos sugerem que a homeopatia e a fitoterapia podem reduzir os efeitos negativos do parasitismo, inclusive seus impactos economicos (MORAIS et al., 2013). O trabalho foi desenvolvido no Campo Experimental de Santa Monica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria, em Valenca, Rio de Janeiro; no Laboratorio de Parasitologia da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora, Minas Gerais; e na Estacao Experimental W. O. Neitz, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em Seropedica, Rio de Janeiro. Participaram 60 femeas, ¾ holandes/ zebu, a partir de seis meses de idade, pesando entre 100 e 150kg, mantidas em cinco piquetes, com 12 animais cada, plantados com capim Brachiaria decumbens naturalmente infestado por larvas de R. microplus. Todos os grupos receberam agua e sal mineral ad libitum, totalizando quatro tratamentos e um controle assim denominados: grupo quimico (GQ); grupo eucalipto (GE); grupo neen (GN); grupo homeopatia (GH) e grupo controle (GC). No GQ, apos teste de sensibilidade, foram utilizados os principios ativos Clorfenvinfos topico na diluicao comercial e Ivermectina subcutâneo, 200mg/kg (FURLONG, 2001). No GE, foram efetuados cinco banhos (aspersao costal) com oleo de Eucaliptus globulos, a cada 21 dias, de janeiro a abril. No GN, foi disponibilizado, diariamente, torta de neem (Azadirachta indica), misturada com sal, na proporcao de 80g/2,5kg. No GH, foi utilizado sal mineral homeopatizado, manipulado no laboratorio da Embrapa (o produto encontra-se sob sigilo e passivel de ser patenteado), disponibilizado ad libitum. O GC nao recebeu qualquer tipo de tratamento.

Referência(s)