
A filosofia humanista cristã da personagem Guilherme de Baskerville na ficção de Umberto Eco
2019; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Issue: 26 Linguagem: Português
10.20396/revpibic262018640
ISSN2596-1969
AutoresIvan Luis Vieira Piffer, Marcos Aparecido Lopes,
Tópico(s)History, Culture, and Society
ResumoEsta pesquisa tem como hipótese de leitura interpretar a personagem frei Guilherme de Baskerville, do romance "O Nome da Rosa" do escritor italiano Umberto Eco, como expoente de um humanismo cristão em gestação. O enredo se contextualiza no período de transição da Baixa Idade Média para a Idade Moderna, especificamente o ano de 1327. Nesse sentido, o "Discurso sobre a Dignidade do Homem" de Giovanni Pico Della Mirandola, o "Humanismo Integral" de Jacques Maritain e o "Humanismo e Crítica Democrática" de Edward Said são as principais referências teóricas nesse aspecto.Almejamos também compreender a mensagem de Tolerância que Umberto Eco deseja disseminar com o seu romance à contemporaneidade. Entendemos que o frei Guilherme de Baskerville é o arauto do pensador italiano, pois a personagem evidencia a perspectiva moderna de que não devemos nos prender com exclusivismo em apenas uma única doutrina, mas observar discursos distintos e assim absorver deles o que há de enriquecedor para o ser humano e para a sociedade. Desse modo, para investigar o conceito de tolerância, o "Tratado sobre a Tolerância" de Voltaire e a "Carta acerca da Tolerância" de John Locke são as fontes de orientação basilares que fundamentam nossa discussão.
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