
Estudo Espectroscópico da Galáxia Isolada IC2007
2017; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA; Issue: 21 Linguagem: Português
10.13102/semic.v0i21.2488
ISSN2595-0339
Autores Tópico(s)Stellar, planetary, and galactic studies
ResumoUma galáxia pode ser definida como um grande sistema onde a força da gravidadedesempenha o papel fundamental dentre as demais forças fundamentais da natureza. Suacomposição pode ser descrita pela presença de estrelas, remanescentes de estrelas, um meiointerestelar de gás, poeira e raios cósmicos, e ainda de matéria escura, que parececorresponder com cerca de 90% da massa da maioria das galáxias. Exemplos de galáxiasvariam desde as anãs, com até 10 milhões (107) de estrelas (ex.: a galáxia elíptica anã deSargitário, uma satélite da Via Láctea), até gigantes com cem trilhões (1014) de estrelas(como a elíptica gigante Messier 87). Dados observacionais de alta resolução sugerem quepodem existir buracos negros supermassivos no centro de muitas delas. Desse modo, acreditase,com base na evidências desses resultados observacionais, que os buracos negros sejam oimpulsionador principal dos AGN (“Active Galactic Nuclei” ou “Núcleo Galáctico Ativo”),i.e., uma região compacta no centro de algumas galáxias que tem uma luminosidade muitomaior do que a comum. A Via Láctea parece possuir pelo menos um desses objetos.As galáxias foram historicamente classificadas segundo sua forma aparente,usualmente referida como sua morfologia visual. Excetuando os fatores que interferem naobservação de solo (sobretudo atmosféricos), as galáxias possuem características bemdiferentes quando comparados em termos de suas composições estelares, taxas de formaçãoestelar, composições químicas, gás, poeira, etc (Kenicutt 1998). As galáxias atualmenteconhecidas, cujas constituições são, por exemplo, semelhantes as da Via Láctea (ummorfologia espiral barrada com bojo, disco estelar e gasoso, halo estelar e de matéria escura),apresentam aspectos diversos resultantes não apenas da distribuição das estrelas que ascompõem, mas também dos processos dinâmicos intrínsecos das mesmas.De acordo com as observações no visível, as galáxias podem ser alocadas em umasequência morfológica bem definida que, de forma simplificada, são agrupadas em trêscategorias, conforme definido por Hubble (1926) e atualizado posteriormente: elípticas,lenticulares, espirais e irregulares (ver Figura 1). O processo de interação gravitacionalenvolvendo galáxias no universo local representa, atualmente, um fenômeno bastante comum.Os diversos tipos morfológicos observados (incluindo nestes as galáxias peculiares) podemter sua origem, parcial ou total, associado ao fenômeno de interação, e não na evoluçãodinâmica do objeto em um estado físico isolado. Esta propriedade perturbativa e os resultadosobtidos sugerem fortemente uma revisão do nosso ponto de vista sobre a classificação e aevolução destes objetos. De forma simplificada, a interação gravitacional entre galáxias podese dividida em três classes: (i) colisão (“collision”), onde uma galáxia atravessa a outracaracterizando uma seção eficaz de impacto, (ii) fusão (“merging”), onde os objetosenvolvidos combinam-se em um único e, (iii) efeito de maré (“tidal interaction”), onde umagaláxia passa próxima de uma companheira.Neste trabalho, iremos estudar a galáxia espiral IC 2007, considerada como um objetoisolado segundo os critérios descritos anteriormente. Uma hipótese para essa característicapode está associada ao processo de fusão (de 2 ou mais objetos), onde as técnicas defotometria e de espectroscopia podem fornecer importantes pistas sobre a natureza destesobjetos.
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