Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

AMAZÔNIA: INFERNO VERDE OU PARAÍSO PERDIDO? CENÁRIO E TERRITÓRIO NA LITERATURA ESCRITA POR ALBERTO RANGEL E EUCLIDES DA CUNHA

2017; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ; Volume: 5; Issue: 3 Linguagem: Português

10.18542/nra.v5i3.6256

ISSN

2318-1346

Autores

José Francisco da Silva Queiroz,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

A representação da Amazônia seja feita pela ótica estrangeira, seja pelo olhar autóctone, manifesta-se de forma equivocada, quando não perniciosa. Um imaginário, ora fantasioso, ora infernal instituiu-seao longo de uma histórica repetição de (pré) conceitos e estereótipos. A literatura, em alguns casos, serviu a essa estandardização na tentativa de entender e explicar a região amazônica. Os primeiros textos literários que colocaram a Amazônia em foco no cenário literário nacional estão ligados aos princípios positivistas em voga no século XIX e inserem-se concomitantemente na tradição literária realista-naturalista. Na discussão de Inferno Verde (1908) e À margem da história (1909), respectivamente escritos por Alberto Rangel e Euclides da Cunha; nós podemos encontrar duas perspectivas interpretativas: um lugar terrível ou um paradisíaco. Nesse artigo, nós iremos discutir as bases ideológicas presentes no discurso paratextual (GENETTE, 2009) responsável por dar suporte aessa caracterização infernal ou paradisíaca da Amazônia; questionando até que ponto o discurso narrativo (Fictionality/Factuality) (STIERLE, 2002; SCHMID, 2010) pretende ser considerado como representativo do espaço e das sociedades que habitaram a Amazônia em certo contexto histórico.

Referência(s)