Cenas e artimanhas de Campos de Carvalho, leitor de Jarry
2019; UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO; Volume: 10; Issue: 2 Linguagem: Português
ISSN
2177-3807
Autores Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoO artigo aproxima Alfred Jarry e Campos de Carvalho a partir da nocao de ‘patafisica, definida em um romance de Jarry como “a ciencia das excecoes e das solucoes imaginarias”, assim como de uma serie de consequencias narrativas que tal nocao implica. A proposta, por um lado, e reler O pucaro bulgaro (1964) por meio dos modos como o autor brasileiro se apropriou da imaginacao de um “lugar nenhum” sugerida por Jarry em Ubu Rei, e que tambem encontra ecos nos elementos da ‘patafisica; por outro, tenta-se esclarecer certos fundamentos das derivas temporais que sao tao marcantes no romance de Campos de Carvalho, pensado aqui como uma especie de “maquina do tempo”. Com isso, procura-se especular nao so a respeito do impacto que a leitura dos livros de Jarry causaram em nosso autor, mas tambem apontar para a maneira singular como Campos de Carvalho reelabora a ‘patafisica, por exemplo, ao representar a Bulgaria como “um outro planeta qualquer”, ou seja, um lugar puramente imaginario. The article brings Alfred Jarry and Campos de Carvalho closer by considering the notion of ‘pataphysics, which is defined in Jarry’s novel as ‘the science of exceptions and imaginary solutions’, as well as a series of narrative consequences that such idea implies. The goal is to reread O pucaro bulgaro (1964) through the ways in which the Brazilian author appropriated himself from the imagination of a “no place” suggested by Jarry in Ubu Rei, and which also reflects in the elements of ‘pataphysics. The paper also attempts to clarify the very bases of the temporal drifts that are so striking in Campos de Carvalho’s novel, thought of as a sort of “time machine.” In this way, we try to speculate not only on the impact caused by Jarry’s books on the author, but also to point to the singular way in which Campos de Carvalho reworked ‘pataphysics’, for example, by representing Bulgaria as “any other planet “, that is, a purely imaginary place.
Referência(s)