Revisão Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Estigma e discriminação relacionados à identidade de gênero e à vulnerabilidade ao HIV/aids entre mulheres transgênero: revisão sistemática

2019; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 35; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/0102-311x00112718

ISSN

1678-4464

Autores

Laio Magno, Luís Augusto Vasconcelos da Silva, Maria Amélia de Sousa Mascena Veras, Marcos Pereira, Inês Dourado,

Tópico(s)

Sex work and related issues

Resumo

Resumo: A prevalência de HIV entre mulheres transgênero é desproporcional quando comparamos com a população geral em vários países. O estigma e a discriminação, por conta da identidade de gênero, têm sido comumente associados à vulnerabilidade ao HIV/aids. O objetivo foi realizar uma revisão sistemática da literatura para analisar a relação entre o estigma e a discriminação relacionados à identidade de gênero de mulheres transgênero e à vulnerabilidade ao HIV/aids. Revisão sistemática da literatura, que envolveu as etapas de identificação, fichamento, análise e interpretação de resultados de estudos valendo-se da seleção em cinco bases: PubMed, Scopus, Web of Science, Science Direct e LILACS. Não houve estabelecimento de período de tempo a priori para essa revisão. Os estudos foram avaliados de acordo com critérios de inclusão e exclusão. Foram incluídos artigos em inglês, português ou espanhol, que relacionavam o estigma e a discriminação com a vulnerabilidade de mulheres transgênero ao HIV. Foram encontrados 41 artigos, majoritariamente qualitativos, publicados no período entre 2004 e 2018, e categorizados em três dimensões do estigma: nível individual, interpessoal e estrutural. Os dados permitem destacar que os efeitos do estigma relacionado à identidade de gênero, como a violência, a discriminação e a transfobia, são elementos estruturantes no processo da vulnerabilidade da população de mulheres transgênero ao HIV/aids. Os trabalhos mostraram relação entre estigma e discriminação com a vulnerabilidade de mulheres transgênero ao HIV/aids e apontaram para a necessidade de políticas públicas que combatam a discriminação na sociedade.

Referência(s)