
<i>O Bobo</i> de Herculano e seus modelos <i>Ivanhoé e Notre Dame de Paris</i>: a versão portuguesa da formação da nação
2019; Editora da Universidade Estadual de Maringá (Eduem); Volume: 41; Issue: 1 Linguagem: Português
10.4025/actascilangcult.v41i1.42236
ISSN1983-4683
Autores Tópico(s)Linguistics and Language Studies
ResumoO artigo propõe uma análise do romance O Bobo, de Alexandre Herculano, em comparação com Ivanhoé, de Walter Scott, e Notre Dame de Paris, de Victor Hugo. Apesar de alguns críticos já terem se voltado à leitura comparativa das obras desses escritores, costuma-se focar no estudo de fontes e influências, procurando associar Herculano ao Romantismo. Propõe-se, neste estudo, uma leitura comparativa divergente da usualmente feita, como defende Santiago (2000) e Carvalhal (2006), buscando compreender as especificidades históricas desses autores, indo além de categorias estanques de escolas literárias. Pretende-se, com este trabalho, propor um novo olhar sobre a obra de Herculano, mormente na maneira como ele retratou o passado em O Bobo, distinta da forma como Scott e Hugo o fizeram. Conclui-se que a diferença nesse retrato que fazem do passado tem relação direta com a forma como esses escritores percebem não apenas o passado de seu país, mas também o seu presente.
Referência(s)