Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Educação escolar indígena potiguara: uma análise estrutural e material

2019; UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO; Linguagem: Português

10.20435/tellus.v19i38.592

ISSN

2359-1943

Autores

Simone Maria Silva, Cláudia Cristina do Lago Borges,

Tópico(s)

Rural and Ethnic Education

Resumo

Sou Simone Maria da Silva, filha da terra dos potiguara da Baía da Traição, na Paraíba, da aldeia Tramataia. Realizei o sonho, como poucos indígenas, de ingressar em uma universidade pública e me graduei em História. Junto com a professora Cláudia Cristina do Lago Borges, que coordena o Grupo de Estudos indígenas da Paraíba, o ABAIARA, percorremos um caminho que, em geral, só é visto pelo visitante como um lugar de “passeio” ou curiosidade, mas que guarda, na história e na vivência dessa gente, muito respeito à terra e, ao mesmo tempo, tenta manter suas identidades culturais, apesar das interferências e imposições do “homem branco”. Assim, este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados de um ano de pesquisa junto às escolas das aldeias, na qual procuramos demonstrar as peculiaridades que envolvem a realidade educacional dos indígenas Potiguara. Sabendo da importância que a escola possui para a formação de um povo, observamos como está o contingente dessas instituições nas aldeias pertencentes à cidade de Baía da Traição, visando assim, perceber como essa população está sendo atendida pela instituição escolar. Para tanto, mostraremos aqui, especificamente, o funcionamento da Escola Estadual Indígena de Ensino Fundamental e Médio Akajutibiró, bem como dos livros didáticos distribuídos nessa escola. As reflexões estabelecidas a partir da análise desses materiais nos permitem perceber como os povos indígenas estão sendo representados nesses materiais, escritos depois das mudanças estabelecidas pelas Leis que regem a educação indígena, possibilitando assim reflexões sobre as rupturas e permanências da tradicional.

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