Artigo Acesso aberto Produção Nacional

PROJETO ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL (ALiB): A REALIZAÇÃO DE /T, D/ DIANTE DE [I] EM CARUARU E GARANHUNS – PE

2019; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA; Issue: 22 Linguagem: Português

10.13102/semic.v0i22.4091

ISSN

2595-0339

Autores

Caroline Lima Bulcão,

Tópico(s)

Linguistic Studies and Language Acquisition

Resumo

Desde o início do século XIX, a dialetologia se firma como ramo dos estudos linguísticos ocupando-se das áreas rurais, mas atualmente envolve também as áreas urbanas. O Projeto ALiB (Atlas Linguístico do Brasil) nasceu em 1996 e os primeiros volumes do Atlas foram publicados em 2014. Trata-se de um atlas pluridimensional, que considera, ao lado da dimensão diatópica, variáveis sociais tais como sexo, faixa etária e escolaridade.Três razões são apontadas para o seu empreendimento: a) a inexistência de uma caracterização geral do português do Brasil a partir de dados coletados in loco; b) a ausência de dados que permitissem traçar uma divisão dialetal do nosso país; c) a necessidade de conhecimento da multidimensionalidade da língua do país para precisar e demarcar espaços geolinguísticos e para um melhor equacionamento da realidade de cada área e do ensino de Língua Portuguesa (CARDOSO, 1996).Vinculada ao Projeto ALiB, desenvolve-se a pesquisa sobre a realização de /t, d/ diante de /i/ no Nordeste e no Brasil (OLIVEIRA et al., 2014; MOTA e OLIVEIRA, 2015), que pode ser alveolar ou palatal em palavras como tia, dia, leite, desde.Nesta pesquisa, vinculada à anterior, investigou-se a realização de /t, d/ diante de [i] em duas cidades de Pernambuco (Caruaru e Garanhuns), que integram a rede de pontos do ALiB, contribuindo, portanto, para o avanço do mapeamento e da descrição do português brasileiro.Além de contribuir com o Projeto ALiB nacional, investigando um fenômeno variável em cidades nordestinas, os resultados poderão fornecer base, a partir de dados empíricos, para combater o preconceito linguístico em relação a algumas pronúncias, sobretudo nordestinas, e para repensar o ensino-aprendizagem de língua portuguesa.

Referência(s)