
A economia feminista e a crítica ao paradigma econômico predominante
2018; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 26; Issue: 52 Linguagem: Português
10.20396/tematicas.v26i52.11706
ISSN2595-315X
Autores Tópico(s)Gender, Labor, and Family Dynamics
ResumoEste artigo trata do surgimento e do desenvolvimento da economia feminista como uma abordagem que se contrapõe à economia predominante, identificando as limitações teóricas e epistemológicas desta corrente para responder aos principais desafios da sociedade. Ao contestar os modelos preconizados pelos neoclássicos, estas economistas se propõem a um novo enfoque que integre a dinâmica da economia e o trabalho de reprodução como partes de um único sistema. Destaca-se, nessa abordagem, aquela que coloca no centro a sustentabilidade da vida humana. Fundamentado em bibliografia especializada o artigo percorre uma vasta literatura produzida nos últimos anos no campo da economia feminista. Essa abordagem ganhou relevância no Brasil somente nas duas últimas décadas e por iniciativa do movimento feminista organizado que, ao elaborar uma crítica às teses neoliberais e apontar as insuficiências da economia tradicional para indicar soluções aos dilemas de uma sociedade cindida por desigualdades seculares, buscou nessa literatura novos aportes teóricos e metodológicos para repensar uma nova economia. Nesse sentido, a economia feminista, com foco na sustentabilidade da vida humana, se constitui em um instrumento valioso de análise que permite uma crítica global ao sistema capitalista e à economia de mercado e, por isso, foi mais rapidamente incorporada pelos movimentos feministas que questionam o liberalismo econômico e a globalização.
Referência(s)