
Ser brasileiro: um debate sobre cultura e identidade nacional à ótica da mestiçagem
2018; Volume: 5; Issue: 1 Linguagem: Português
10.47385/2499rt
ISSN1982-1816
AutoresRafael Willian Clemente, Iara Stéfani Carneiro da Silva,
Tópico(s)Physical Education and Sports Studies
ResumoEm um mundo globalizado ha uma cultura que seja pura? O que e considerado como cultura? Quais as fronteiras e influencias do hibridismo cultural no seculo XX? Enquanto espaco de disputa, quais os seus conflitos quando se busca uma identidade nacional? Ela e possivel? A partir dessas questoes procuramos trazer a tona a problematica do que e ser brasileiro. Nao buscamos, contudo, uma definicao ou uma linha que nos remetera a um conceito sobre nossa cultura e uma resultante de nossa identidade enquanto povo, ao contrario, procuramos ampliar nossos questionamentos com base na construcao historica do tema por nos abordado. Sao recentes os relatos historiograficos e sociologicos que incluem o negro como personagem importante na construcao da cultura brasileira, por tempos, seu papel foi visto como secundario e mesmo ao ser incluido como objeto de estudo social recaiu por uma corrente de analise inspirada nas teorias raciologicas. Importante como individuo/grupo que dispersou sua cultura nativa em outras terras – uma delas o Brasil – proporcionou juntamente com os nativos de terras brasileiras e os brancos europeus uma cultura difusa que nos remete a afirmacao que nao ha uma identidade nacional, tal como via unica, mas identidades em territorio nacional. Essas tres etnias nos deixaram profundas influencias e se por um lado trouxe a benesse de uma cultura brasileira hibrida por outro e significado de constantes conflitos sociais, principalmente em torno de negros e nativos da terra. Com isso buscamos voltar nosso olhar sobre os objetos culturais deixados por essa mesticagem. O que a priori era quase que exclusivo desses grupos renegados pela ciencia historica oficial, torna-se simbolo do que e em tempos e tido por nacional. Hoje nao falamos de Brasil sem nos lembrarmos do Samba, do Carnaval e da Capoeira, patrimonios culturais, frutos da mesticagem, que outrora eram tidos como elementos marginais. Sendo assim buscamos analisar essa apropriacao do mestico como nacional, forma de disputa na sociedade.
Referência(s)