
Frieza burguesa: apontamentos para uma teoria da formação da subjetividade moderna
2019; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ; Volume: 41; Issue: 1 Linguagem: Português
10.4025/actascihumansoc.v41i1.38952
ISSN1807-8656
AutoresDouglas Tadeu da Silva Facci, María Terezinha Bellanda Galuch,
Tópico(s)Critical Theory and Philosophy
ResumoNossa época pode ser caracterizada como a Era da Indiferença – com a generalização e a globalização da frieza burguesa em todas as dimensões da vida social. A metáfora da frieza e o seu termo correlato, a indiferença, tornaram-se lugar comum na cultura contemporânea, em diversos diagnósticos para caracterizar as distorções morais e expressar o mal-estar pelo estado moral da sociedade. Gruschka defende que a frieza burguesa constitui o tópos moral-filosófico central nos escritos de Horkheimer a Adorno, buscando no pensamento desses autores os elementos fundamentais para o desenvolvimento de uma teoria da frieza. Com base na tese do autor, buscamos as raízes teóricas do pensamento dos frankfurtianos sobre esse tema em três vertentes do pensamento ocidental sobre a civilização moderna, mediante três conceitos: a razão instrumental, na perspectiva sociológica de Max Weber; a racionalidade da autoconservação, que emerge na psicologia de Sigmund Freud; e a lei da equivalência, conceito capital no pensamento de Karl Marx. Em Horkheimer e Adorno, esses conceitos são associados em sua estrutura a um mesmo princípio que fundamenta a sociedade burguesa. Os apontamentos para uma teoria da frieza burguesa contribuem para a compreensão sobre o seu recrudescimento na sociedade contemporânea à beira de uma recaída na barbárie extrema.
Referência(s)