O INTELECTUAL DA MARGEM E O PODER VERSUS A RESISTÊNCIA E O REVIDE DAS VOZES PERIFÉRICAS EM CAIEIRA
2019; Volume: 2; Issue: 7 Linguagem: Português
10.32988/rep.v2i7.784
ISSN2238-4502
AutoresCarmelira Rodrigues Gomes, Rogério Silva Pereira,
Tópico(s)Linguistics and Education Research
ResumoRESUMO: O presente artigo pretende mostrar, dentro do romance Caieira (1978), o papel do escritor latino-americano mato-grossense Ricardo Guilherme Dicke [1] como um intelectual da margem. Daremos destaque para o fato de que seus personagens marginais sao caracterizados pela nao integracao na sociedade devido a imposicao opressiva mimetizada pelo norte-americano, Mr. Filler, personagem antagonista. Em atitude tipica do intelectual engajado que, nao so interpreta a realidade, mas tambem se poe a transforma-la, o escritor configura na narrativa uma situacao de revide que funciona como ferramenta para materializar seus ideais politicos, sociologicos e literarios. Assim sendo, num entrecho emblematico ficcional, a superioridade do norte-americano e tudo que ele representa e colocado a baixo. Em contrapartida, os sem vozes sao emancipados conquistando seu espaco como sujeito. No desenrolar do estudo serao levados em consideracao opinioes de pensadores, como Edward Said, Homi Bhabha, Silviano Santiago, dentre outros. Simultaneamente, pretende-se fazer uma breve analise de algumas das partes da obra citada. Desse modo, alguns conceitos serao ilustrados atraves da trajetoria de alguns personagens, mais especificamente, Mr. Filler, Nheco Salmo, nha Emerica, Amância e Pignon. [1] Nasceu em 16 de outubro de 1936, em Raizama, no municipio de Chapada dos Guimaraes, MT. Faleceu no dia 9 de julho de 2008. E autor de uma producao literaria que tem o romance como genero predominante, embora tambem tenha escrito poesia, conto e teatro. Sua estreia literaria oficial ocorreu em 1968, com a publicacao do romance Deus de Caim , 4o lugar no Premio Walmap, que teve no juri Jorge Amado, Guimaraes Rosa e Antonio Olinto. Data do mesmo ano a publicacao de seu segundo romance, Como o silencio, com o qual conquistou o segundo lugar no Premio Clube do Livro de Sao Paulo. A producao literaria do escritor seguiu com a publicacao do romance Caieira (1978), Premio Remington de Prosa, em 1977; Madona dos Paramos (1982), Premio Nacional da Fundacao Cultural do Distrito Federal em (1981); O ultimo Horizonte (1988); A Chave do Abismo (1989), coletânea de poemas; Cerimonia do esquecimento (1995), Premio da Academia Brasileira de Letras; Conjuntia Opositorum do Grande Sertao – tese de mestrado em Filosofia sobre Grande Sertao: Veredas (2000); Rio Abaixo dos Vaqueiros (2000); Salario dos Poetas (2001); Toada do esquecido & Sinfonia Equestre (2006).
Referência(s)