REVEL, Judith. Michel Foucault: conceitos essenciais. Trad. Maria do Rosário Gregolin, Nilton Milanez, Carlos Piovesani. São Carlos: Claraluz, 2005.

2008; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ; Volume: 12; Issue: 1 Linguagem: Português

10.36449/rth.v12i1.1952

ISSN

1983-1463

Autores

Roberto Rafael Dias da Silva,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

As pesquisas no campo das ciencias humanas que operam com os referenciais teoricos de Michel Foucault tem se multiplicado na contemporaneidade. Seja pela sua potencialidade analitica, seja pelos modos instigantes de operar nos espacos investigativos de nossos tempos, a producao deste filosofo traz inegaveis contribuicoes para estas ciencias. Ao falar destas contribuicoes nao as posiciono no solido cenario das verdades instituidas incessantemente prescritas na ciencia da Modernidade, pois na companhia de Foucault somos convidados a estabelecer um entendimento mais parcializado e ambivalente acerca das verdades produzidas, como o autor referia, “a verdade e deste mundo; ela e produzida nele gracas a multiplas coercoes e nele produz efeitos regulamentados de poder” (FOUCAULT, 2007, p.12). No campo da Historia, mais especificamente, este reconhecimento da verdade como produto deste mundo e como tal perpassada por relacoes de poder tem catalisado importantes desafios as investigacoes. Nao apenas pelas escolhas tematicas de carater mais local e contingente, como tambem pela propria ideia de historia ai concebida, com Foucault esta producao de saberes e deslocada de Historia (com inicial maiuscula, no singular e de carater universal) para historias de. Uma imagem produtiva desta concepcao e a nocao de trama, desenvolvida por Paul Veyne (1995). Conforme o historiador, a historia e uma trama porque os fatos nao existem isolados e por si mesmos, nem mesmo sao determinados por algum motor ou sentido ultimo. Os historiadores narram tramas que sao sempre multiplas, pois “nenhum historiador descreve a totalidade deste campo, pois um caminho deve ser escolhido e nao pode passar por toda parte, nenhum destes caminhos e verdadeiro ou e a historia” (VEYNE, 1995, p.30).

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