Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Agronegócio sucroenergético e desenvolvimento no Brasil

2019; Couffy-sur-Sarsonne; Volume: 40; Linguagem: Português

10.4000/confins.19517

ISSN

1958-9212

Autores

Eduardo Paulon Girardi,

Tópico(s)

Photovoltaic Systems and Sustainability

Resumo

Neste artigo analisamos os impactos da territorialização recente (especialmente de 2003 a 2013) do setor sucroenergético nos municípios do estado de São Paulo, Brasil. Em 2003 o governo brasileiro retomou o incentivo ao setor como parte da estratégia de inserção do país na economia mundial através das commodities agrominerais. O objetivo era aproveitar as discussões internacionais sobre o desenvolvimento sustentável e oferecer ao mercado mundial o etanol - combustível não fóssil - como alternativa ao petróleo. O governo também estimulou o consumo interno deste agrocombustível, que na atualidade é o principal destino do etanol brasileiro. O aumento da demanda fez com que o setor dobrasse de tamanho em dez anos. O estado de São Paulo concentra metade do agronegócio sucroenergético brasileiro e comportou metade da expansão recente, transformando a paisagem em um “mar de cana-de-açúcar”. Muitos municípios foram fortemente impactados pela intensificação do setor. Sendo assim, o centro de nossas análises neste artigo é sobre as características desses impactos, seus desdobramentos para o desenvolvimento econômico e social e quais são os limites deste modelo de desenvolvimento baseado no agronegócio, que é a face do desenvolvimento capitalista no campo.

Referência(s)