O PASSEIO DE COPACABANA COMO PATRIMÔNIO E PAISAGEM CULTURAL
2010; UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; Volume: 12; Issue: 8 Linguagem: Português
ISSN
1677-9037
Autores Tópico(s)Environmental Sustainability and Education
ResumoA primeira vista, a obra do paisagista Roberto Burle Marx assemelha-se a pinturas posteriormente materializadas em jardins. Essa impressao deve-se ao fato de suas intervencoes serem dotadas de uma enorme densidade plastica, seja em jardins privados, seja em parques publicos. No caso das intervencoes publicas, um fator chave a ser observado e a amplitude da intervencao, como se observa no calcadao de Copacabana, no Rio de Janeiro, com um comprimento de 4,5 km. Esse passeio, datado de 1970, localizado na Avenida Atlântica, foi construido com pedras portuguesas e plantado com vegetacao nativa. Ai, Burle Marx combina seu trabalho como um transmissor de arte, sobretudo da pintura e da botânica, reinserindo a flora brasileira e o compromisso com a sociedade por meio da criacao de espacos destinados ao gozo do carioca. O calcadao de Copacabana nao e apenas uma pavimentacao da Avenida Atlântica, mas uma intervencao com acentuado valor patrimonial paisagistico contemporâneo (figura 1). O ponto de partida para essas consideracoes e a Convencao do Patrimonio Mundial, Cultural e Natural em 1972 adotada pela Conferencia Geral da Unesco e considerada a origem da avaliacao patrimonial contemporânea. E ela que define o conceito de Patrimonio Cultural, resultando em um aprofundamento dos valores sociais, esteticos, economicos, culturais, espaciais e funcionais. (Continua...)
Referência(s)