
Ouvindo o inaudito: mal-estar da maternidade em mães ofensoras atendidas em um CREAS
2018; UNIV. REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES; Volume: 52; Linguagem: Português
10.5007/2178-4582.2018.e57051
ISSN2178-4582
AutoresAline Silva Gomes Xavier, Valeska Zanello,
Tópico(s)Child Welfare and Adoption
ResumoA maternidade é compreendida através da percepção idealizada de que a mãe deve agir de forma protetiva incondicionalmente com seus filhos, sendo rechaçada como louca ou má quando transgride este papel. Este artigo tem como objetivo analisar, sob a perspectiva dos estudos de gênero, as falas de mulheres que transgrediram o ideal da maternidade e foram denunciadas como agressoras e negligentes com seus filhos. Foram feitas três entrevistas com mulheres acompanhadas pelo Sistema de Garantia de Direitos de crianças, as quais foram feitas análise de conteúdo. Quatro categorias fizeram-se importantes nas entrevistas, a saber: “Maternidade”, “Família de Origem”, “Relacionamento Amoroso” e “Condição Socioeconômica”. Percebeu-se que as mulheres se encontram sobrecarregadas devido à ausência da participação do Estado, da família extensa e dos pais, que não são responsabilizados quando abandonam ou quando não exercem seu papel parental, o que contribui para a dinâmica familiar violenta contra a criança.
Referência(s)