
MONITORAMENTO AMBIENTAL DAS ÁGUAS DO ESTUÁRIO DO RIO DAS CONCHAS (RN) PRÓXIMO A UMA UNIDADE DE EXTRAÇÃO DE SAL
2019; UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA; Volume: 8; Issue: 2 Linguagem: Português
10.19177/rgsa.v8e22019361-385
ISSN2238-8753
AutoresRogério Taygra de Vasconcelos Fernandes, Jônnata Fernandes de Oliveira, Raimunda Thyciana Vasconcelos Fernandes, Aruza Rayana Morais Pinto, Jean Carlos Dantas de Oliveira, Louize Nascimento,
Tópico(s)Water Quality and Pollution Assessment
ResumoA produção salineira no Rio Grande do Norte teve início em 1802, através da produção de sal marinho por evaporação solar. O Estado é o maior produtor no Brasil, isso é possível graças a combinação de fatores naturais, como as altas temperaturas, ventos secos, intensa evaporação e prolongada estação de estiagem. Embora gere emprego e renda para a população dos municípios produtores, deve-se reconhecer a existência de impactos ambientais negativos decorrentes dessa atividade, como a devastação de ecossistemas marinho e terrestre. Logo, é importante monitorar esses empreendimentos com intuito de determinar seus impactos ao meio e avaliar a eficiência de medidas mitigadoras. Assim, objetivou-se analisar as características físico-químicas e biológicas das águas do rio das conchas, Rio Grande do Norte, próximo a uma unidade de extração de sal. Entre janeiro e dezembro de 2015, foram encontrados os seguintes parâmetros: a evapotranspiração potencial superou em mais de 10 vezes a precipitação pluviométrica; a salinidade, as concentrações de cálcio e magnésio variaram em função do balanço hídrico; o pH manteve-se alcalino e variou pouco, mantendo-se dentro do limite; a temperatura apresentou homogeneidade térmica; a concentração de OD caracterizou o sistema como bem oxigenado; baseado na concentração de Clorofila a, o ambiente variou de oligotrófico a mesotrófico; a comunidade fitoplanctônica constituiu-se principalmente de Bacillariophyceae. A emissão de efluentes líquidos obedeceu aos critérios da licença ambiental do empreendimento e aos limites estabelecidos (CONAMA 430/2011). Conclui-se que não há indícios de impactos ambientais negativos decorrentes do empreendimento de extração de sal.
Referência(s)