Artigo Acesso aberto

Variações e recriações cinematográficas de Madame Bovary

2019; Q87246323; Volume: 17; Issue: 2 Linguagem: Português

10.7195/ri14.v17i2.1355

ISSN

1697-8293

Autores

Luís Carlos Pimenta Gonçalves,

Tópico(s)

French Literature and Critical Theory

Resumo

A literatura tem sido desde a criação do cinematógrafo fonte inspiradora de filmes e guiões. Obras literárias pertencentes ao cânone literário foram e são, por conseguinte, objeto apetecível de inúmeras adaptações e não podia escapar a este fenómeno o romance seminal da literatura realista, Madame Bovary, de Gustave Flaubert. Contam-se cerca de vinte adaptações e versões do romance, nomeadamente por cineastas franceses como Jean Renoir (1933) ou Claude Chabrol (1991), ou americanos como Vicente Minelli (1949). Neste artigo debruçar-me-ei sobre duas variações interartísticas e inter-semióticas baseadas em adaptações indiretas do romance de Flaubert. Uma portuguesa, Vale Abraão (1993), de Manoel de Oliveira, a partir do romance homónimo de Agustina Bessa-Luís centrado na figura de uma Bovary duriense, e outra francesa, Gemma Bovery (2014), de Anne Fontaine, recriação da novela gráfica de Posy Simmonds onde um leitor do romance francês tenta ler o real através da ficção.

Referência(s)