Dendê: com a África à boca
2018; Linguagem: Português
10.34181/rbg.2018.v1n1.p18-33.31
ISSN2595-5373
Autores Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
ResumoEste artigo fundamenta-se nas pesquisas de campo que realizei no Brasil e em países africanos. As pesquisas formam uma base etnográfica reveladora das muitas relações entre o continente africano e o Brasil, e com isso a criação de acervos patrimoniais únicos que atestam a nossa pluralidade cultural. Este artigo quer mostrar, através de relatos históricos, etnografias comparadas, e pesquisas de campo, como o azeite de dendê se tornou uma marca da identidade de matriz africana no Brasil. Como o dendezeiro saiu da África e chegou ao Brasil. Também apontar como, a partir dos seus significados na economia, na religiosidade e na gastronomia, passou a marcar uma comida de matriz africana que representa a identidade de um ofício artesanal que foi patrimonializado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Ainda, como os terreiros de Candomblé se tornaram um importante guardião dos saberes e dos fazeres de matriz africana no Brasil. E, a baiana de acarajé com seu ofício e com sua “roupa de baiana” tradicional, passou a ser um símbolo que representa um importante passo na preservação da cultura de matriz africana no Brasil.
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