Magnetoestratigrafia da Crosta Oceânica entre as Zonas de Fratura de Ascensão e Bode Verde
2018; Volume: 14; Issue: 3 Linguagem: Português
10.22564/rbgf.v14i3.1222
ISSN2764-8044
AutoresSamira Lodi Mello, Márcia Dias,
Tópico(s)Geological formations and processes
ResumoFoi desenvolvida uma análise sistemática das anomalias magnéticas marinhas, ao longo das Zonas de Fratura de Ascensão e Bode Verde, a fim de se estabelecer a magnetoestratigrafia detalhada da Placa Sul-Americana entre a Cordilheira Mesoatlântica e os estados da Bahia e Pernambuco. Este estudo possibilitou o mapeamento das anomalias magnéticas de expansão oceânica e a obtenção de uma taxa de expansão oceânica média de 2,3 cm/ano para o período de 0 a 80 m.a. Reconheceu-se também períodos de expansão oceânica com taxas relativamente elevadas (3,3 cm/ano), que foram correlacionados a mudanças na direção das zonas de fraturas e à ocorrência de magmatismo na bacia oceânica e no bordo continental emerso. Evidenciou-se ainda uma notável correlação entre o aumento dos deslocamentos da porção transformante das zonas de fraturas e as variações nas taxas de expansão oceânica da região. De maneira geral um aumento no deslocamento corresponde a uma aceleração na taxa de expansão. Por fim, pôde-se verificar que o vulcanismo existente sob a forma de montes submarinos e lineamentos oceânicos, ao longo das Zonas de Fratura de Ascensão e Bode Verde, tem marcante relação cronológica com eventos magmáticos observados na bacia oceânica e na borda continental nos últimos 80 m.a. Esta relação se faz presente sob forma de reativações magmáticas. provavelmente devido à existência de zonas de fraquezas ligadas às zonas de fraturas oceânicas e/ou aos estresses causados pela mudança na direção da expansão oceânica. Palavras-chave: magnetoestratigrafia; crosta oceânica; zonas de fratura; expansão oceânica; Magmatismo.
Referência(s)