Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Cem Anos de Solidão: Algumas Chaves de Leitura

2019; Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura; Volume: 5; Issue: 1 Linguagem: Português

10.23899/relacult.v5i1.934

ISSN

2525-7870

Autores

Daniel Castello Branco Ciarlini,

Tópico(s)

Borges, Kipling, and Jewish Identity

Resumo

Demonstrar vieses de leitura da obra Cem anos de solidão (1967), de Gabriel García Márquez, é o que se propõe neste artigo. Para isso, explora-se o modo como o escritor utilizou na fábula contrapontos, inversões e oposições, construídas a fim de operacionalizar, no entrelace dos tempos histórico e mítico, certo ar de encantamento – comum ao estilo em que se inscreve o livro, o realismo maravilhoso. Dessa forma, foi possível identificar dois níveis de trabalho em Márquez: um externo, que lida diretamente com a apreensão do leitor; e um interno, relacionado à conduta de suas próprias personagens. Dialoga-se, aqui, especialmente, com os textos de Chiampi (2012), quando esta discute o realismo maravilhoso como gênero, Josefina Ludmer (1972) e Ángel Rama (1987), cujas análises permitem a compreensão dos jogos opostos internos da obra.

Referência(s)