
Sobre paisagens conhecidas e corpos anônimos
2019; School of Communications and Arts of the University of São Paulo; Volume: 13; Issue: 25 Linguagem: Português
10.11606/issn.1982-677x.rum.2019.148356
ISSN1982-677X
AutoresAna Carolina Lima Santos, Rafael Tassi Teixeira,
Tópico(s)Diaspora, migration, transnational identity
ResumoNos últimos trinta anos, uma série de fotografias jornalísticas que retrata o drama de africanos e médio-orientais tentando (e quase sempre fracassando em) cruzar o Mediterrâneo tem produzido memórias sobre a questão migratória. Este artigo parte da análise de algumas dessas imagens a fim de discutir de que modo a construção memorialística, conformada a partir de certa política do testemunho, pode ser capaz de entrelaçar dever de memória e dever civil de ação. Trabalha-se com imagens que estabelecem relação entre as paisagens conhecidas (do mar e da praia) e os corpos anônimos (de imigrantes cujas identidades e trajetórias permanecem indefinidas) que parecem desestabilizá-las, uma relação marcada pela noção de fronteira – a qual, ao mesmo tempo que serve para separar, abre uma possibilidade de unir o familiar e o estranho.
Referência(s)