
O potencial de mitigação da mudança climática dos vetores energéticos da cana-de-açúcar na frota paulistana de veículos leves
2019; UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 15; Issue: 37 Linguagem: Português
10.3895/rts.v15n37.9791
ISSN1984-3526
AutoresAugusto Tolentino Camargo, André Felipe Simões, Sérgio Almeida Pacca,
Tópico(s)Coffee research and impacts
ResumoO presente trabalho quantificou o potencial energético da cana-de-açúcar enquanto matéria prima para a produção de etanol e bioeletricidade para a frota de veículos leves na cidade de São Paulo em relação ao uso da gasolina; concomitantemente, quantificou-se a correlata mitigação da emissão de gases do efeito estufa – GEE. Neste contexto, a partir de uma modelagem focada no incremento no uso de vetores energéticos derivados da cana-de-açúcar, foi calculada uma massa evitada de 116 Mt de CO2 até o ano de 2050. Consideramos um modelo no qual a partir de 2025, teria início uma evolução consistente do uso de veículos leves movidos a eletricidade. Para tanto, assumiu-se que, em 2050, o uso de combustíveis pela frota de veículos leves da cidade de São Paulo, seria igualitário, sendo um terço da frota movida à gasolina, uma terço movida à etanol e um terço movida à eletricidade. Os recursos energéticos derivados da cana-de-açúcar, como o etanol e a bioeletricidade (eletricidade gerada a partir da queima de resíduos da cana-de-açúcar) seriam suficientes para atender o cenário proposto. No modelo, observa-se que, com a queda do uso na gasolina, cai, também, a demanda por etanol, visto que a vigente legislação brasileira prevê que a gasolina comercializada tenha em sua composição 27% de etanol anidro. Uma vez reduzida a demanda por etanol para adição na gasolina, há a correlata redução da necessidade de produção de cana-de-açúcar e, assim, consequentemente, uma redução da área de plantio. Esta redução, em contrapartida, poderia, por exemplo, implicar em mais área para plantação de gêneros agrícolas alimentícios (uma externalidade tipicamente positiva).
Referência(s)