Artigo Acesso aberto Produção Nacional

JORGE AMADO, 1964: SOBRE LITERATURA E CIDADE*

2019; Volume: 65; Linguagem: Português

10.23925/2176-2767.2019v65p29-65

ISSN

2176-2767

Autores

Maria do Rosário da Cunha Peixoto, Nelson Tomelin, Vanessa Miranda,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

Em Os pastores da noite, romance escrito às vésperas do golpe civil-militar de 1964, Jorge Amado apresenta mulheres e homens de alegrias e saberes abundantes, eméritos em festas, lutas sociais e políticas, contra a imposição do trabalho e da exploração. Relações e encontros nesse romance agregam o compadrio de divindades, reunindo religiões e homens num mesmo espaço histórico, evidenciando que dicotomias e divisões podem ser superadas. Os pastores são trabalhadores da “cidade da Bahia”, vivendo a ameaça da expropriação da terra e do direito à moradia, e que resistem às “gargalhadas”. A literatura de Jorge Amado, além de matéria na disputa pela pluralidade de vozes na pesquisa histórica, constitui fonte importante na discussão sobre a cidade e modos culturais do viver urbano, contribuindo especificamente com a obra aqui analisada para pensarmos a construção de ditaduras na sociedade brasileira.PALAVRAS-CHAVE: Jorge Amado, os pastores da noite, golpe civil-militar de 1964, resistência, cidade.* Para a elaboração deste artigo foi importante o apoio do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PROCAD/CAPES), através do projeto “Trabalho, Cultura e Cidade” (PUC-SP/UFAM/UFCG).

Referência(s)