Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Precarização do trabalho da enfermeira: militância profissional sob a ótica da imprensa

2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; Volume: 32; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/1982-0194201900042

ISSN

1982-0194

Autores

Aline Di Carla Laitano, Gilberto Tadeu Reis da Silva, Deybson Borba de Almeida, Victor Porfírio Ferreira Almeida Santos, Miller Fontes Brandão, Adriana Gonçalves Carvalho, María Angélica de Almeida Peres, Neuranides Santana,

Tópico(s)

Healthcare during COVID-19 Pandemic

Resumo

Resumo Objetivo Analisar a militância profissional de enfermeiras frente à precarização do trabalho apresentada pela mídia impressa baiana nas décadas de 1970 e 1980. Métodos Pesquisa histórico-documental, com abordagem qualitativa, cuja fonte foi o jornal baiano A Tarde. O recorte temporal abarca marcos históricos como a criação do Conselho Federal de Enfermagem e suas seções regionais (1973); a criação do Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia (1981); e a aprovação da Lei do Exercício Profissional (1986). O contexto nacional era o período da ditadura militar, que adotava um modelo de proteção social e caminhava para a abertura política Utilizou-se os termos de busca “Enfermeira” e “Enfermeiro”, resultando em 24 reportagens. A análise de conteúdo na modalidade temática embasou a organização dos dados. Resultados A militância profissional de enfermeiras frente à precarização do trabalho se fez presente na mídia por meio das entidades representativas, evidenciada pelos seguintes aspectos: Desvalorização da força de trabalho, marcada pela baixa remuneração e substituição de enfermeiras por pessoal sem qualificação adequada; Sobrecarga de trabalho, evidenciada pelo subdimensionamento e qualificação deficiente; e busca por determinação legal da jornada de trabalho e do piso salarial. Conclusão As enfermeiras utilizaram-se da mídia para denunciar e conscientizar a sociedade sobre os determinantes da precarização do trabalho, porém, as ações efetivas de combate foram pouco abordadas. A atuação militante esteve concentrada no âmbito das entidades representativas, não sendo evidenciado um movimento coletivo das enfermeiras.

Referência(s)