Artigo Produção Nacional

Commute time in Brazil (1992-2009): Differences between metropolitan areas, by income levels and gender

2013; Linguagem: Inglês

Autores

Rafael H. M. Pereira, Tim Schwanen,

Tópico(s)

Urban and Freight Transport Logistics

Resumo

This study analyzes trends in average commute times in Brazil between 1992 and 2009. It distinguishes between the nine largest metropolitan areas plus the Federal District of Brasilia and describes how differences among these areas vary according to income levels and gender. This paper is based on the National Household Sample Survey (PNAD) carried out by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), a source of data hitherto little used for transportation studies in Brazil. PNAD data is not conceived strictly for transport planning but is the only large-scale survey in Brazil with annual information since 1992 on commute time at national and subnational levels (states and metropolitan areas). Five main findings are stressed. First, travel to work trips tend to be 31% longer in Sao Paulo and Rio de Janeiro, the two largest metropolitan areas (MAs) in the country, than the in the other MAs. Second, workers in the poorest population segment (1st income decile) spend on average 20% more time on commuting than the wealthiest decile; 19% of the former make home-towork trips longer than 1 hour against only 11% in the wealthiest group. Third, this gap in commute time between rich and poor is spatially contingent; it is large in Belo Horizonte, Curitiba and Federal District but almost nonexistent in Salvador, Recife,Fortaleza and Belem. Fourth, the data reveal worsening conditions for urban transport since 1992 as reflected in longer average commuting times. However, these worsening conditions have been more pronounced in the 1st income decile and especially the 7th-10th deciles. As a result, the overall differences across income groups have actually weakened during the period 1992-2009. Finally, the gender gap in average commutingtimes has been reduced considerably over the period considered with only small gaps remaining in the extreme income groups. The present study highlights that trends in average commute times in emerging economies, such as Brazil, need not follow the same trajectories as in the Global North. It also shows the importance of not focusing on national trends only; this will obscure important differences between urbanregions. From a policy perspective, the paper shows the usefulness of the PNAD data for monitoring urban mobility conditions in Brazilian major MAs. Yearly variations in commuting time can among others be used to assess the effects of mass transport investments on urban transport conditions. Este texto tem como objetivo analisar o tempo que a populacao gasta em deslocamentos urbanos casa-trabalho no Brasil no periodo compreendido entre 1992 e 2009. A analise enfatiza as diferencas encontradas entre as nove maiores regioes metropolitanas (RMs) do pais mais o Distrito Federal (DF), alem de destacar como estas diferencas variam de acordo com niveis de renda e sexo. O estudo se baseia nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilios (PNAD), gerados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), uma fonte de dados ate hoje pouco explorada em estudos sobre transporte urbano no Brasil. A PNAD nao e uma pesquisa desenhada com o proposito de investigar a fundo o tema do transporte urbano; no entanto, esta e a unica pesquisa amostral de larga escala feita no pais com informacoes sobre o tempo de deslocamento casa-trabalho disponiveis anualmente – desde 1992 – tanto para o nivel nacional quanto para o subnacional (estados e regioes metropolitanas). Destacam-se cinco principais resultados: i) o tempo de deslocamento casa-trabalho, que no ano de 2009 era 31% maior nas RMs de Sao Paulo e Rio de Janeiro se comparado as demais RMs; ii) os trabalhadores de baixa renda (1o decil de renda) fazem viagens, em media, 20% mais longas do que os mais ricos (10o decil), e 19% dos mais pobres gastam mais de uma hora de viagem contra apenas 11% dos mais ricos; iii) esta diferenca de tempo de viagem entre ricos e pobres varia entre as RMs, sendo muito maior em Belo Horizonte, Curitiba e no DF, e quase nula em Salvador, Recife, Fortaleza e Belem; iv) os dados apontam para uma tendencia de piora nas condicoes de transporte urbano desde 1992, aumentando os tempos de deslocamento casa-trabalho; no entanto, esta piora tem sido mais intensa entre as pessoas do 1o decil de renda e especialmente entre a populacao mais rica (entre 7o e 10o decil), diminuindo as diferencas de tempo de viagem entre faixas de renda no periodo analisado; e v) a diferenca do tempo medio gasto nos deslocamentos casa-trabalho entre homens e mulheres diminuiu consideravelmente desde 1992, com pequenas diferencas ainda presentes nos grupos extremos de renda. Observa-se neste trabalho que as tendencias observadas no Brasil nao seguem necessariamente aquelas observadas em paises desenvolvidos. Destaca-se tambem que analises que se concentram nas tendencias nacionais tendem a ocultar importantes diferencas regionais. Sob uma perspectiva de politica publica, este texto aponta o potencial de utilizacao dos dados da PNAD para o monitoramento das condicoes de mobilidade nas principais regioes metropolitanas do Brasil, uma vez que as variacoes anuais nos tempos de viagem casa-trabalho podem contribuir para a avaliacao dos efeitos de determinadas politicas e investimentos sobre as condicoes de transporte.

Referência(s)