
Auscultar Rosa e ouvir Homero
2019; Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC); Volume: 32; Issue: 1 Linguagem: Português
10.24277/classica.v32i1.841
ISSN2176-6436
AutoresTereza Virgínia Ribeiro Barbosa,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoNeste artigo propomos leituras do Grande Sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, e dos poemas homéricos, mais especificamente a Ilíada, com performances dialetais diferentes. Nosso intuito será comprovar (a partir de rotacismos, apócopes, aféreses, síncopes etc.) a amplificação de sentido que advém dessas alterações fonéticas no contexto das obras em foco como um todo. Visamos ao estudo dos metaplasmos como mecanismo que flexibiliza o texto poético e que lhe faculta a dinamicidade, a espacialidade cultural e a fugacidade do oral. Com o recurso de potencializar metaplasmos, o texto ganha novos sentidos no tempo e no espaço. Recuperam-se as estratégias de oralidade do português brasileiro e, através delas, projetam-se aquelas da chamada ‘língua morta’ de Homero.
Referência(s)