
A história obstétrica de gestantes com trombofilias hereditárias
2019; Hospital de Clinicas de Porto Alegre ; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Volume: 39; Issue: 2 Linguagem: Português
10.4322/2357-9730.86858
ISSN2357-9730
AutoresJulio Rezende de Andrade, Marina Valadão Camargos, Mateus Figueredo de Rezende Reis, Ricardo Augusto Barcelos Maciel, Tamara Teixeira Melo, Sophia Helena Batalha, Verônica Marques Matos, Hakayna Calegaro Salgado, João Matheus de Castro Rangel, Juliana Barroso Zimmermmann,
Tópico(s)Blood Coagulation and Thrombosis Mechanisms
ResumoIntrodução: A doença tromboembólica venosa e as complicações obstétricas resultantes do tromboembolismo placentário são as principais causas de morbidade e mortalidade materna e fetal. Pode-se dizer que a gravidez é um fator independente para o desenvolvimento de trombose, já que seu risco é de 5 a 6 vezes maior em mulheres grávidas quando comparadas a não grávidas, sendo mais elevado após o parto.Pacientes e Métodos: Trata-se de uma coorte histórica, onde foram estudadas pacientes atendidas no Serviço de Obstetrícia da Universidade Federal de Juiz de Fora (expostos=n=70 pacientes) e na Faculdade de Medicina de Barbacena (não expostos=n=74 pacientes). As pacientes foram divididas em dois grupos: Grupo 1 = pacientes com alguma trombofilia identificada (expostos) através das dosagens de proteína S, proteína C, homocisteína, antitrombina III, mutação da MTHFR, mutação da protrombina e do fator V de Leiden; e Grupo 2 = pacientes do serviço de baixo risco obstétrico.Resultados: Houve associação entre trombofilia e aborto prévio, bem como trombofilia e morte fetal prévia (p<0,05). O tipo de trombofilia que foi associada a abortamento prévio foi o déficit da proteína S. A mutação da MTHFR foi associada aos antecedentes de HELLP síndrome (p=0,03; x2=4,2) e de pré-eclâmpsia (p=0,03; X2=4,5) quando em homozigotia mutante. A homozigotia para a MTHFR foi também associada às médias de homocisteína, de forma que as homozigotas eram aquelas que apresentavam a maior dosagem de homocisteína (p=0,01; X2=5,8; X= 27,2 ± 41,2 vs. 12,62 ± 19,0).Conclusões: As trombofilias hereditárias podem estar associadas a mau desfecho obstétrico e devem ser valorizadas na clínica obstétrica.Palavras-chave: Trombofilia; insuficiência placentária; trombose; morte fetal; aborto
Referência(s)