Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A “bid aesthetic” of an “ordinary heroin”: the reorganizing of an artesian resistance practices

2019; Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas; Volume: 17; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/1679-395173562x

ISSN

1679-3951

Autores

ROSA CRISTINA LIMA RIBEIRO, Ana Sílvia Rocha Ipiranga, FABÍOLA FARIA TOSTES de OLIVEIRA, Allan Daniel Dias,

Tópico(s)

Social and Economic Solidarity

Resumo

Resumo Este artigo articula uma perspectiva feminista necessária aos Estudos Organizacionais à análise das práticas de resistência de caráter infrapolítico. O estudo teve por objetivo compreender o organizar da malha de práticas cotidianas que envolvem a estética de lances e as táticas e estratégias de resistência, inclusive de caráter infrapolítico, por meio da arte de uma artesã e das ações de uma rede de mulheres da qual ela faz parte. A metodologia de pesquisa se baseou na abordagem qualitativa, com enfoque em estudo de caso, respaldada por observação direta, pesquisa documental, diário de campo e entrevista em profundidade. A análise dos relatos identificou o organizar de diferentes práticas de resistência, da artesã e da rede de mulheres, que têm como base o reúso de materiais descartados por grandes empresas. No contexto da “estética de lances”, tais materiais surgem como fonte de suprimento, geração de renda e inspiração para a recriação artística de elementos simbólicos da cultura nordestina. No âmbito da rede de mulheres, a análise aponta, ainda, os laços de afeto e ressonância como elos de um movimento infrapolítico que mobiliza as mulheres em torno de objetivos de luta e resistência em diferentes espaços. A articulação teórica promove avanços no campo dos Estudos Organizacionais ao construir uma proposição que alia os estudos do cotidiano e da estética de Certeau (2014) às questões de resistência discutidas por Spicer e Böhm (2007) e aos debates feministas.

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