Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

AS DIFICULDADES DOS JOVENS HAITIANOS NO PROCESSO EDUCATIVO NA SÉRIE FUNDAMENTAL: ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO – EEEFM DO PROF. ORLANDO FREIRE

2019; Volume: 6; Issue: 1 Linguagem: Português

10.36026/rpgeo.v6i1.4495

ISSN

2446-6646

Autores

Charlot Jn Charles, Josué da Costa Silva,

Tópico(s)

Rural and Ethnic Education

Resumo

Esta pesquisa apresenta resultados de uma investigação feita com mulheres de comunidades remanescentes de quilombos do Vale do Guaporé – RO.O objetivo foi analisar as experiências das mulheres parteiras afro-guaporenses a partir dos anos 1940, época em que a medicina oficial ainda não havia alcançado a região. O estudo foi realizado por intermédio de entrevistas e conversas formais e informais com mulheres nascidas e criadas na região guaporense, com idade entre 74 e 82 anos de idade, por meio do qual foi possível estabelecer diálogos com bases nas teorias de Michelle Perrot (2017), Schumaher & Brazil (2007), Gilberto Freyre (2006) e Maria Odaléa Bruggemann (2001). Acerca da compreensão da história regional, os estudos de Flávio Gomes (2015) e Marco Teixeira & Dante Fonseca (2001). Por meio de narrativas orais de vida de mulheres remanescentes de quilombos identificamos as práticas e os cuidados das mulheres parteiras, que, na arte de partejar apararam e salvaram vidas, além de cuidar das mulheres parturientes e dos recém-nascidos no período de resguardo, bem como, seus conhecimentos ancestrais em ervas medicinais usadas no trabalho de partejar, que, nesse contexto, se tornam relevantes para a preservação das práticas culturais das mulheres de comunidades remanescentes de quilombos no Vale do Guaporé. Desta forma, espera-se contribuir para o reconhecimento e a valorização da memória das mulheres parteiras remanescentes de quilombos, visto que as mulheres negras, camada social mais invisível da sociedade, contribuíram/contribuem de forma relevante não só nas suas comunidades remanescentes de quilombos, como também em outras localidades da região do Vale do Guaporé – comunidades indígenas, bolivianas e ribeirinhas – contudo, suas práticas foram silenciadas pela história.

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