
Há tão pouco a dizer: deslocamentos da memória em Dias felizes e Hamlet
2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português
ISSN
2318-4574
AutoresGleydson André da Silva Ferreira,
Tópico(s)Samuel Beckett and Modernism
ResumoEm Dias felizes , de Samuel Beckett, Winnie transforma-se subjetivamente. Enterrada em um deserto inospito, cujo tempo parece suspenso, ela procura refugio em si mesma. Contudo, esta fadada ao fracasso, bem como a repeticao incessante. Em meio ao mundo estatico, sua subjetividade alterna-se, porem. No primeiro ato, Winnie apresenta-se forcosamente otimista, para em seguida, no segundo ato, entregar-se ao completo desalento. De uma transformacao a outra, nao so se modifica o estado de ânimo da protagonista, como tambem ha um rearranjo de suas memorias. No presente estudo, discute-se os deslocamentos da memoria em Dias felizes . Mais especificamente, o modo como as transformacoes subjetivas afetam consigo o registro do passado. A fim de melhor entender o fenomeno da corrosao subjetiva em cena, o drama Dias felizes e comparado a Hamlet , de William Shakespeare. Logo, este artigo analisa fenomenos da memoria, resultantes das modificacoes incessantes que as personagens dramaticas sofrem no decorrer do tempo.
Referência(s)